O que é terror noturno?
Os terrores noturnos acontecem com
pelo menos 5% de todas as crianças, e podem começar já aos nove meses de idade.
É um transtorno do sono misterioso, que ocorrem quando a criança está numa fase
em que dorme profundamente, mas não sonha. Durante uma crise de terror noturno,
a criança pode chorar gritar, gemer, sentar na cama e se debater. Mesmo que ela
esteja de olhos abertos, não sabe que você está ali e não se acalma. A crise
pode durar alguns minutos ou até mais de meia hora, e, depois que passa, a
criança volta a dormir. No dia seguinte, não vai lembrar-se de nada.
O que eu posso fazer na hora do terror noturno?
É claro que seu primeiro instinto vai
ser tentar acalmar seu filho, mas é bem possível que nada que você faça adiante
(afinal, ele está dormindo). O que dá para fazer é ficar por perto para
garantir que ele não se machuque. Os especialistas recomendam nem mesmo falar
com a criança ou pegá-la no colo, porque isso pode prolongar o episódio. Em 15
ou 20 minutos, seu filho deve se acalmar sozinho e voltar a dormir. É uma
situação que costuma ser desesperadora para os pais: ver a criança ali tão
assustada e não poder fazer nada. Mas é melhor, dizem os especialistas, não
tentar acordá-la. Console-se ao saber que pelo menos ele não vai lembrar-se de
nada depois.
O terror noturno acontece com que frequência?
Varia bastante. Uma criança pode ter
dois eventos em uma semana e ficar um mês sem manifestar o problema. Outra pode
ter episódio a cada 10 dias. Não dá para precisar.
Existem situações que favorecem as
crises?
É muito importante manter uma rotina
adequada de sono para crianças com terror noturno. Isso significa dormir cedo e
no horário e reduzir a agitação antes do sono. Quando a criança chega agitada
de passeios ou festas, o risco de apresentar eventos de terror noturno aumenta.
Problemas emocionais podem precipitar o terror noturno?
Sim, mas não é a regra. Diante de
crises familiares, escola nova, chegada de um irmãozinho ou outras mudanças
importantes em sua vida, as crianças têm mais chances de sonhar do que de
apresentar terror noturno.
Há casos considerados graves?
Sim, porém são bastante raros. Existem
crianças que tem dois a três episódios por noite e passam a apresentar sintomas
de privação de sono. Durante o dia, elas têm febre, sonolência e irritação.
Também ficam mais vulneráveis a doenças. Nesse caso, é preciso procurar ajuda.
Há algo que eu possa fazer para evitar que o terror noturno aconteça?
Sim, há várias medidas que você pode
tomar para diminuir a chance de seu filho sofrer dos terrores noturnos. Em
primeiro lugar, veja se ele está dormindo o suficiente. Crianças que ficam
cansadas demais têm mais tendência a passar por terrores noturnos. Para fazer
com que ele durma mais, prolongue a soneca da tarde, deixe-o dormir um pouco
mais de manhã ou então o coloque na cama mais cedo à noite. E capriche no
ritual da hora de dormir, para ajudá-lo a se acalmar. Os terrores noturnos
costumam acontecer na primeira metade da noite. Por isso, uma estratégia, se
nada mais estiver funcionando, é dar uma leve acordada na criança de uma a duas
horas depois de ela ter adormecido - cerca de 15 minutos antes do horário em
que as crises costumam acontecer. Com isso, o padrão de sono é alterado e há a
possibilidade de o episódio de terror noturno ser evitado.
Existe cura para o terror noturno?
Não existe um tratamento específico,
mas o terror noturno normalmente cessa quando a criança atinge a adolescência.
Às vezes, o problema desaparece antes.
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